Balanço do Mais Médicos mostra como o programa do Governo Federal está mudando a saúde em Minas Gerais. Cidades que antes não tinham atendimento público de qualidade, por falta de profissionais, passaram a contar com até três médicos.
É o caso da cidade de Itinga, no coração do Vale do Jequitinhonha, que tem o menor Índice de Desenvolvimento Humano do Estado e é um dos 141 municípios mineiros que receberam profissionais dentro do Programa Mais Médicos, lançado pelo Governo Federal no ano passado. A chegada de três médicos na cidade mudou a realidade da população, extremamente carente, como aponta o ex-prefeito de Belo Horizonte e atual ministro Fernando Pimentel, um dos apoiadores do programa.
“O Vale do Jequitinhonha já sofre, e muito, com a seca e com todos os problemas decorrentes da falta d’água, incluindo os de saúde. Não haver médico em muitas cidades da região, como Itinga, é caso de vida e morte. Saúde é dever do Estado e direito fundamental do nosso povo. Está na nossa Constituição. O programa Mais Médicos nada mais é do que garantir o cumprimento efetivo da nossa lei maior. Como salvar vidas sem um profissional de Saúde? Os equipamentos sozinhos – leitos, máquinas e UTIs – nada podem fazer. Itinga não tinha nenhum médico. Agora, tem três. O governo Dilma está oferecendo uma assistência em saúde jamais experimentada na cidade. E tem gente que era e continua contra o programa. Mas nós não apenas vamos manter como vamos ampliar o Mais Médicos”, enfatizou Fernando Pimentel.
Meta é atender 46 milhões de brasileiros na 1ª etapa
Ao todo 244 médicos brasileiros e estrangeiros estão atuando em Minas Gerais. A maioria deles está no Norte e no Vale do Jequitinhonha, regiões, como disse o ministro, castigadas pela seca. De acordo com o Ministério da Saúde, a lista de municípios foi elaborada com base na carência de profissionais de cada local e na vulnerabilidade social. No Vale do Jequitinhonha e Mucuri, que contempla municípios da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais, 94,7% das cidades que solicitaram médicos já estão sendo atendidas com 92 profissionais do programa. O programa tinha, no total, 6,6 mil médicos em atendimento no país e começou a ser ampliado nesta semana com a chegada de mais 2 mil profissionais, como explica Pimentel.
“O Mais Médicos é uma resposta do Governo Federal às necessidades da população, que sempre reivindicou a melhoria da saúde no Brasil. Estamos garantindo que os municípios das áreas mais empobrecidas, das áreas mais distantes do nosso país, como o Vale do Jequitinhonha e o Semiárido Nordestino, consigam ter pelo menos um médico do programa. Já são mais de 6 mil médicos atendendo 23 milhões de pessoas. Mas ainda há vagas a serem preenchidas e, por isso, firmamos parcerias para receber mais 2 mil profissionais que já começaram a chegar ao Brasil”, anunciou o ministro.
Além dos municípios com população em extrema pobreza, também foram contemplados com profissionais do programa 25 capitais e 363 regiões. Agora, com a chegada dos novos profissionais, serão contemplados municípios que ainda não receberam nenhum médico. Segundo a presidenta Dilma Rousseff, o objetivo é oferecer tratamento digno e respeitoso para toda a população e, sobretudo, para quem mais precisa. A meta do governo é chegar a 13 mil médicos, atendendo a toda a demanda dos municípios cadastrados na primeira etapa do programa. Com eles, a expectativa é de que 46 milhões de brasileiros passem a ter atendimento médico.
Fonte: Rádio Itatiaia