Depois de anos de espera, a população dos municípios do extremo Norte de Minas pode, mais uma vez, renovar as esperanças da conclusão da BR-135, no trecho entre Itacarambi e Manga, com extensão de 48 quilômetros. Paralisadas devido a burocracias ambientais, as obras poderão ser retomadas com a aprovação do Projeto de Lei do Congresso Nacional – PLN 15/21, nessa segunda-feira (27), que abre crédito especial no Orçamento para obras federais. Em audiência da Comissão de Viação e Transportes da Câmara, na semana passada, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, já havia adiantado ao deputado federal Paulo Guedes que R$ 20 milhões seriam destinados à retomada da pavimentação da rodovia.
O deputado Paulo Guedes comemorou a aprovação do projeto. “A conclusão da BR-135 é uma luta antiga. No governo do presidente Lula, conseguimos executar grande parte dela, nos trechos de Manga até Montalvânia e de Montalvânia até Cocos, na Bahia. Infelizmente, a obra foi interrompida devido a burocracias dos órgãos ambientais, mas a nossa luta nunca parou”, afirma.
O parlamentar ressalta que “ainda que esses R$20 milhões não sejam suficientes para a execução total da obra, que pode chegar a R $150 milhões, isso já representa um sopro de esperança para a conclusão deste sonho”, disse ao lembrar que, nos últimos anos, a estrada foi transferida de uma esfera governamental para a outra diversas vezes. A última foi em dezembro de 2020, quando a Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou a federalização do trecho, processo que foi concluído há poucos meses. O deputado comentou que essas mudanças também influenciaram para o atraso na conclusão das obras.
Para Paulo Guedes, ainda que pareça pouco, os quilômetros que faltam para a conclusão do asfaltamento afetam não apenas os que moram naquela região, mas várias partes do país. “Esta BR é de fundamental importância para o Brasil, pois cruza o país no sentido Norte-Sul. São menos de 50 km sem asfalto, mas a população das cidades do entorno está praticamente ilhada e os custos dos produtos e bens de consumo saem mais caros, pois a dificuldade no transporte e o gasto com combustível são maiores em estradas mal conservadas e não pavimentadas, sem contar os transtornos para quem precisa de um atendimento de saúde, por exemplo”.
Aprovado na Câmara e no Senado, o PLN 15 segue para sanção.