Depois de ser lançado em Manga e Matias Cardoso, chegou a vez do município de Pedras de Maria da Cruz  (Norte de Minas) receber o Curso de Desenvolvimento Sustentável que o Projeto Cidadania Ribeirinha, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, oferece na região

O Cidadania Ribeirinha foi proposto pelo deputado Paulo Guedes, como forma de valorizar a população das cidades banhadas pelo Rio São Francisco. O parlamentar é oriundo da região e sabe, como ninguém, a importância de promover ações que impliquem na promoção dos moradores locais, normalmente esquecidos pelo governo do Estado.  Em Pedras de Maria da Cruz as aulas começaram terça-feira 15, na sede do município e nas localidades de Palmeirinha e Manoel Vitório. Em Manga e Matias Cardoso, o curso tem a participação de 500 alunos. A partir de 12 de junho será a vez de Itacarambi. Lá, o prazo de inscrição vai até sexta-feira (18).

Em Pedras de Maria da Cruz foram 190 alunos inscritos, entre estudantes do ensino médio, trabalhadores e agentes públicos. Até o final do ano serão oferecidos, nos quatro municípios, dois módulos do curso, abrangendo temas como organização comunitária, participação politica, formação para a cidadania, meio ambiente, história e cultura. As aulas são dadas por servidores da Assembleia e de entidades parceiras, tais como o Instituto Estadual de Florestas (IEF), Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater) e Centro de Documentação Eloi Ferreira da Silva (Cedefes).

Nos dois módulos seguintes, que serão ministrados em 2013, serão abordados planejamento e empreendedorismo e ofertados cursos profissionalizantes, ministrados pelo Sebrae e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

Para Paulo Guedes, o projeto possibilita à comunidade se unir em torno de projetos que beneficiem a população como um todo. “É uma forma de mobilizar as pessoas para a melhoria das condições de vida de todos”, entende. Assim, questões do cotidiano da população, como urbanização, lixo, memória cultural e recuperação dos cursos hídricos”, por exemplo, passam a fazer parte da ordem do dia. Esses projetos comunitários surgiram de consultas à população local, ocorridas em 2011, durante viagens realizadas por equipes da ALMG e das instituições parceiras para realizar levantamentos das demandas e potencialidades locais. Um exemplo é a proposta de reurbanização de um trecho de cinco quilômetros às margens do Rio São Francisco, em Manga.

Além das comunidades de Palmerinha e Manoel Vitório, em Pedras de Maria da Cruz, serão atendidas as localidades de Nhandutiba e Brejo de  São Caetano (Manga), Gado Bravo e Pau Preto (Matias Cardoso), Vila Florentina e Fabião II (Itacarambi).