Paralisada desde o final de 2011, a obra de pavimentação da BR-135 no subtrecho com extensão de 18,1 quilômetros entre Montalvânia e o povoado de Monterrey pode receber novo canteiro de obras. A SPA Engenharia, empresa escolhida pelo Ministério dos Transportes para realizar as obras de pavimentação do trecho, não conseguiu cumprir o cronograma acordado para o final da obra e deixou a região sem concluir a fase de terraplanagem da rodovia.

Em audiência realizada nesta quarta-feira (15) no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) com lideranças norte-mineiras, foram anunciadas novas medidas para tentar resolver o impasse que já se arrasta por quase dois anos. O diretor do DNIT, general Jorge Ernesto Fraxe, disse que, em uma semana, vai se manifestar sobre a melhor alternativa dar reiniciar as obras no subtrecho não finalizado pela SPA Engenharia. Umas propostas em estudo é a contratação da segunda colocada no processo de licitação que definiu a escolha da empresa responsável pela obra.

A segunda alternativa, que depende da impossibilidade da primeira solução com a recusa da segunda colocada, será o convite para que a empresa paranaense J. Malucelli Construtora assuma o término da pavimentação do subtrecho. Terceira colocada na licitação do DNIT, a empresa ainda mantém canteiro de obras e máquinas na região da BR-135 e teria demonstrado interesse em concluir o trecho inacabado.

Nova licitação

Caso nenhuma das opões chegue a bom termo, o diretor do DNIT afirmou aos deputados Gabriel Guimarães (federal) e Paulo Guedes (estadual), que vai autorizar a abertura imediata de novo processo de licitação para escolher uma nova empresa.

A ordem de serviço para a pavimentação da BR-135 entre Manga e a divisa de Minas com a Bahia foi autorizada em junho de 2010, durante visita do então ministro Paulo Sérgio Passos à região. As três empresas responsáveis pelas intervenções na rodovia se comprometeram a realizar intervenções no traçado da rodovia que incluíam, entre outras medidas, terraplanagem e instalação de canteiros, além de construir pontes, antes de dar início à pavimentação.

Os trechos sob responsabilidade das empresas J. Malucelli (entre Manga e o povoado de Monterrey) e a Empa Engenharia (vencedora do trecho que liga a cidade de Montalvânia ao povoado de Pitarana) ficaram prontos, mas não atendeu à expectativa da população da região extremo Norte de Minas, porque o asfalto não foi concluído entre Montalvânia e Monterrey e os usuários continuam a transitar em terra de chão batido. Resumo da ópera: dois pedaços pavimentados ligam nada a lugar nenhum, porque também não há sinal de asfalto no trecho baiano após a comunidade de Pitarana.

Texto: www.luisclaudioguedes.com.br
Foto: Delvan Inácio