A força-tarefa iniciada em fevereiro do ano passado, por iniciativa do deputado estadual Paulo Guedes, à época secretário de estado da Sedinor, para energizar 1.500 poços tubulares nas regiões Norte e Nordeste de Minas Gerais, já rendeu bons resultados para centenas de famílias que sofrem com a falta d’água. Em 2016, a Cemig ultrapassou a meta de energizar 250 poços e concluiu os trabalhos em 274 obras. Porém, 98 ainda não entraram em funcionamento devido a pendências das prefeituras e associações.
O assunto foi tema de reunião realizada nesta quinta-feira (09/02), na Cidade Administrativa, pelo Sistema Sedinor/Idene, com a participação de representantes da Cemig e de 30 municípios que possuem poços tubulares pendentes de energização. O objetivo é dar celeridade aos trabalhos e garantir, até 2018, o cumprimento da meta de ligar 1.500 poços tubulares para abastecimento de água nas comunidades rurais. São poços cujas obras foram ou estão sendo executadas por meio do Programa Água para Todos, do Plano de Urgência para Enfrentamento da Seca e outros (Codevasf, Dnocs, Copanor, Copasa, Amams, além das próprias prefeituras).
O deputado Paulo Guedes participou da reunião e lembrou que o objetivo desta parceria é diminuir a burocracia e garantir mais agilidade na instalação dos poços. “Em 2016, o Sistema Sedinor/Idene perfurou na região 484 poços por meio do Plano de Urgência para Enfrentamento da Seca. Superamos toda a burocracia para realizar as obras com rapidez; buscamos também agilizar as obras do programa Água para Todos; a Cemig entrou firme na parceria para energizar esses e outros poços que não funcionavam por falta de energia elétrica; os municípios se comprometeram com a instalação dos equipamentos, mas muitos poços ainda não foram ligados devido a pendências dos municípios, que precisam ser regularizadas”, disse.
O secretário da Sedinor, Gustavo Xavier, lembrou que já foram investidos na perfuração e equipagem desses poços cerca de R$ 75 milhões e que as prefeituras precisam agilizar a documentação e a contrapartida dos municípios para que as obras entrem em funcionamento e cumpram com seu objetivo de amenizar os efeitos da seca. “Precisamos caminhar no mesmo passo. A parte que cabe aos municípios não está avançando como deveria. Temos que finalizar a energização dos poços para que eles possam de fato suprir a necessidade das comunidades”, afirmou.
Para 2017, a meta é ligar 650 poços, mas até o momento apenas 100 estão em andamento. Segundo o gerente de Relacionamento com o Poder Público da Cemig, Ernane Antunes Braga, para que essa meta seja alcançada até o final do ano, é necessária a apresentação da documentação completa, por parte dos municípios, de 550 poços. Ele salientou que a Cemig tem todo interesse em atender os municípios, mas que é preciso haver o esforço de todos para as ações sejam concretizadas. “A energização dos poços tem sido discutida diariamente em reunião no Governo. Estamos sendo muito cobrados para atingirmos a meta. Temos total interesse de cumpri-la, mas para isso precisamos que cada prefeitura faça a sua parte”, ressaltou.
A parceria entre o sistema o Sedinor/Idene, a Cemig e as prefeituras busca diminuir a burocracia e garantir mais agilidade na instalação dos poços. O diretor-geral do Idene, Ricardo Campos, relatou que a ação garante rapidez na energização. “Tem comunidades em que os poços foram perfurados já há alguns anos, mas por falta de energia ainda não estão funcionando. Diante desta seca que se agrava na região, é preciso unir forças para garantir o abastecimento de água às famílias”, disse.
A prefeita de São João do Paraíso, Mônica Mendes, parabenizou o sistema Sedinor/Idene pelo empenho em beneficiar a região do Alto Rio Pardo que sofre tanto com a seca. “A população agradece e valoriza, principalmente, quando se trata de água. Para nós isso é uma prioridade. Valorizamos muito essa ação e vamos trabalhar para levar água às famílias que tanto precisam”, destacou.