A primeira ação civil do mensalão do PSDB completou, no dia 1/12, dez anos, sem julgamento. Chamado de “origem e laboratório” do valerioduto, ele é a ponta do iceberg que irá revelar o esquema que teve origem em Minas Gerais e extrapolou o Estado.
No processo, o ex-senador e atual deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) é acusado de peculato e lavagem de dinheiro por suposto “caixa dois” na campanha à reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998. Segundo a denúncia, estatais mineiras repassavam recursos a uma agência de Marcos Valério. O esquema teria capturado mais de R$ 100 milhões. As denúncias envolvem também outros políticos que teriam recebido recursos do mensalão tucano, como é o caso do senador e ex-governador Aécio Neves, citado no relatório da Polícia Federal.
Não há data para a análise dos recursos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar das denúncias estarem sendo, há mais de 10 anos, abafadas pela mídia, Ministério Público e tribunais, o mensalão tucano não está esquecido e o povo brasileiro quer uma reposta. Por que toda essa gigantesca corrupção tucana recebe tratamento absurdamente desigual daquele dispensado ao dito “mensalão do PT”?
Texto: Minas Sem Censura