Um Termo de Cooperação assinado, nessa quinta-feira (19/5), entre a Secretaria de Estado de Educação e a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) visa à criação de um programa estadual de iniciação científica voltada aos alunos do Ensino Médio. A assinatura foi feita durante evento de comemoração dos 30 anos da Fapemig, na Cidade Administrativa. O deputado Paulo Guedes participou do evento representando a Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

O trabalho integrado tem por objetivo promover a pesquisa, a investigação e a produção acadêmica do estudante do Ensino Médio, por meio da oferta de bolsas de pesquisa para alunos e professores da rede estadual.

A secretária de Estado de Educação, Macaé Evaristo, ressalta a importância da parceria. “Com essa parceria, pretendemos criar um mecanismo de irradiação de pesquisa e da inovação no currículo do Ensino Médio, porque até agora a ideia da pesquisa, da investigação e experimentação ainda é pouco presente. Além disso, ela também nos permitirá uma aproximação com os grupos de pesquisa que já existem nas universidades do nosso Estado e uma maior articulação entre o currículo do Ensino Médio, com a possibilidade de os jovens se inserirem mais cedo no processo da pesquisa”, conclui.

Já o presidente da Fapemig, Evaldo Ferreira Vilela, destacou que a parceria vai resultar em estudantes mais críticos. “Vamos levar ciência para o Ensino Médio, treinar e capacitar os estudantes, não com a expectativa de que eles venham a ser cientistas, mas que eles venham a ser pessoas melhores pela compreensão que eles vão ter do mundo da ciência”.

A ideia é que sejam contratados, via Fapemig, pesquisadores de diferentes universidades públicas e comunitárias do Estado. Esses pesquisadores orientarão os professores orientadores de pesquisa das escolas estaduais que deverão atuar no Ensino Médio, em uma das quatro áreas do conhecimento: Matemática, Linguagens, Ciências Humanas e Ciências da Natureza.

As pesquisas desenvolvidas pelos alunos deverão aplicadas no território e ter aceitação e aplicação dentro da comunidade onde a escola está inserida. A base da pesquisa deverá ser os conteúdos aprendidos em sala de aula.

Segundo a superintendente de Desenvolvimento do Ensino Médio, Cecília Resende, as atividades deverão ser desenvolvidas no contraturno das aulas. “Essa ação se trata de uma política para Educação Integral voltada para os alunos do Ensino Médio”, ressaltou ela.

Até o final de 2018, devem ser investidos R$ 98 milhões no projeto. Serão contempladas escolas estaduais de todos os territórios de desenvolvimento.