O deputado estadual Paulo Guedes recebeu nesta terça-feira (8/7), em seu gabinete, em Belo Horizonte, o superintendente da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (Serviço Geológico do Brasil), Marco Antônio Fonseca. Preocupado com os constantes tremores de terra que vem acontecendo em Montes Claros, o parlamentar quis saber a gravidade do problema e possíveis alternativas para amenizar os efeitos dos abalos sísmicos na região.
Marco Antônio afirmou que é impossível qualquer intervenção humana para evitar esses fenômenos naturais ou mesmo prever novos tremores, mas garante que não há motivos para pânico, pois, tecnicamente, não há a possibilidade de grandes abalos na região. Ele explica que existem dois tipos de sismos na natureza, os tectônicos e os atectônicos. “Os tectônicos são os que ocorrem nos limites da placas litosféricas, no caso dos Andes e do Himalaia. Montes Claros está localizada no meio da placa, então a possibilidade de ter um sismo de 8 pontos na escala Richter, naquela região, é zero”, declarou o superintendente.
Marco Antônio destacou que o que acontece em Montes Claros e também na região de Itacarambi, onde também já foram registrados tremores, é uma descontinuidade rasa na crosta, que vai acumulando tensão até provocar os abalos. “A crosta tem várias descontinuidades, mas, neste caso, não é um sismo profundo”, disse ao afirmar que, com as tecnologias disponíveis hoje, é impossível prever se os tremores vão ou não parar, mas que a população precisa aprender a conviver com o problema.
O deputado Paulo Guedes informou que vai pedir apoio dos governos para instrumentalizar a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, para uma atuação eficiente na região de Montes Claros. Ele lembrou também a necessidade de o município pensar em regras específicas para as futuras construções na cidade. “É importante que a população tenha os esclarecimentos corretos e se prepare para enfrentar esses eventos”, destacou o parlamentar.