Documento do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol), que pede mais valorização da categoria, já tem mais de 40 mil assinaturas. O abaixo-assinado é um apelo para que a população apoie o movimento, que já está conhecido pelos constantes protestos nas ruas. Durante as manifestações, os trabalhadores também entregam panfletos que denunciam o descaso do governo de Minas com a segurança pública no estado. Algumas imagens mostram flagrantes de delegacias cheias de lixo, sem infraestrutura e em condições insalubres.
A coleta de assinaturas está sendo feita há cerca de dois meses. O documento seria entregue aos deputados mineiros nesta terça-feira (20/8/13), porém, o ato foi adiado para a próxima semana em razão da morte do deputado José Henrique, nessa madrugada. Até lá, o sindicato pretende intensificar a campanha para ampliar o número de assinaturas.
Com o movimento, os policiais querem pressionar os deputados e o governador para a aprovação da Lei Orgânica prometida à categoria em 2011, que define o plano de carreira da corporação e amplia o seu efetivo. Hoje, a Polícia Civil conta com dez mil homens, o mesmo efetivo de 1980, sendo que 1.500 estão afastados – a maioria por danos psicológicos. No projeto de lei, a proposta é que o número seja ampliado para 20 mil policiais em atividade.
Deputados do Bloco Minas Sem Censura apoiam o movimento e pressionam para que o projeto seja votado em plenário no próximo dia 28. Um dia antes, ele será avaliado pelas comissões de Segurança Pública, de Administração Pública e de Fiscalização Financeira e Orçamentaria.
O deputado Paulo Guedes, líder da Minoria, participou de reunião com membros do sindicato nesta terça-feira. “Eu conheço a realidade da polícia mineira, principalmente do interior do estado, onde policiais trabalham em condições desumanas. Esse descaso do governador Anastasia está afetando não só esses trabalhadores, mas a vida de toda a população, que sente na pele o aumento da violência no estado”, declarou o deputado.