A Comissão de Viação e Transportes da Câmara aprovou, nessa quarta-feira (10), emenda de autoria do deputado federal Paulo Guedes (PT-MG) ao Projeto de Lei Orçamentária Anual para 2022, que prevê R$ 500 milhões para investimentos nas hidrovias brasileiras, especialmente para a retomada da hidrovia do Rio São Francisco, que vai da cidade de Pirapora, Norte de Minas, até Juazeiro e Petrolina, na divisa da Bahia com Pernambuco, somando cerca de 1.300 km de extensão.
Paulo Guedes explica que a proposta inicial apresenta à Comissão foi de uma emenda no valor de R$100 milhões para a reestruturação e reativação da hidrovia do Rio são Francisco. Ao acatar o projeto, os parlamentares também votaram o aumento do valor para R$500 milhões, que poderão atender não apenas a hidrovia do São Francisco, mas também outras hidrovias do Brasil. O projeto será submetido ao relator e votado no Plenário da Câmara.
Para o parlamentar, transporte hidroviário tem importância em vários aspectos na área econômica e comercial, social e também ambiental. “A hidrovia do São Francisco é a via mais econômica de ligação entre o Centro-Sul e o Nordeste do país, e o trecho está em condições de navegabilidade, dependendo apenas de alguns investimentos em infraestrutura e ações de desassoreamento, que podem contribuir, inclusive, para a tão necessária revitalização do rio.
“Estudos comprovam uma demanda reprimida de mais de 2 milhões de toneladas de carga vocacionada para a hidrovia do São Francisco – carga perene, além da demanda para o transporte de passageiros. Também existe comprovação técnica de que a manutenção de uma hidrovia é menor que de uma rodovia: um km de rodovia custa dez vezes mais do que um km de hidrovia. Em resumo, poderemos ter, com a hidrovia, um transporte mais barato, resolvendo uma demanda de carga já existente”, disse Paulo Guedes.
Hidrovia em debate
Também na Comissão de Viação e Transportes foi aprovado requerimento para realização de mesa redonda para discutir a viabilidade do investimento. O debate vai reunir representantes dos órgãos do setor, prefeitos, vereadores e lideranças regionais. A data da reunião ainda não foi marcada.